EPISCOPIUS, (Simon,) cujo nome verdadeiro era Bisscop, nasceu em Amsterdã em 1583. Após passar por escolas de latim em Amsterdã, foi, em 1602, estudar em Leiden, onde conheceu Arminius pessoalmente, e absorveu suas opiniões. Ele tratou desse teólogo em sua extrema doença, e teve muitas reuniões com ele sobre religião e o estado da Igreja. Foi ordenado na Holanda em 1610, e se tornou ministro de uma povoação perto de Roterdã. Foi um dos deputados na reunião realizada em Haia em 1611 diante dos estados da Holanda entre seis ministros remonstrantes ou arminianos e seis ministros anti-remonstrantes. Em 1612 foi escolhido professor de teologia em Leiden no lugar de Gomarus. O partido arminiano, do qual ele agora era considerado como o dirigente, era impopular tanto com as autoridades eclesiásticas como as civis, e também com o povo. Os ministros que seguiam suas opiniões enfrentavam o desalento de seus irmãos e do governo, e ocasionalmente suas vidas estavam em perigo por causa da fúria popular. O sínodo de Dort, em 1618, recusou tolerar uma associação com os arminianos, expulsou-os da assembléia, destituiu-os de suas funções, e fez com que fossem banidos dos territórios da nação. Episcopius foi para Antuérpia, e mais tarde para a França; mas em 1626, estando os tempos mais favoráveis, retornou para a Holanda, se tornou ministro da igreja remonstrante em Roterdã, e, em 1634, reitor da universidade remonstrante em Amsterdã, em cujo cargo permaneceu até sua morte. Morreu em 1643. Sua vida foi publicada por Limborch em Amsterdã em 1701, e é uma obra de grande interesse. Foi ele quem primeiro sistematizou, sob um sistema uniforme, as opiniões de Arminius, e sua erudição e talento lhe concedeu um lugar próximo ao de fundador do grupo. Ele escreveu muitas obras sobre a diferença entre os arminianos e os calvinistas, e entre os protestantes e a igreja romana. Suas obras foram reunidas e publicadas em Amsterdã, 1665-1671, e em Leiden em 1678.
Hugh James Rose, em A New General Biographical Dictionary, Vol VII, p. 243-4.
1643. Ano da morte de SIMON EPISCOPIUS, um hábil teólogo holandês. Ele adotou as doutrinas de Arminius em relação à predestinação, o que o expôs a muita perseguição e censura, e finalmente levou ao seu banimento da nação: mais tarde recebeu permissão para retornar, e se tornou ministro da igreja remonstrante. Sua morte, acontecendo no momento de um eclipse lunar, foi considerada como um símbolo da partida do mais brilhante ornamento da igreja.
Joel Munsell, em The Every Day Book of History and Chronology, p. 133.
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