Billy Graham | O evangelista do século 20.
Ele já viajou por quase todo o planeta para falar de Deus. Encontrou-se com reis, frequentou gabinetes de presidentes, aconselhou ministros de estado e passou fins de semana com embaixadores. Discursou para multidões em estádios de futebol, grandes parques e teatros monumentais. Ocupou espaços em todo tipo de mídia, dos mais modestos jornais regionais até uma rede mundial de TV via satélite. O papa João Paulo II? Não, mas a personalidade em questão já esteve com o sumo pontífice católico. Se alguém pode receber o título de mais importante evangelista dos últimos cem anos, esta pessoa se chama William Franklin Graham Junior. – Ou, como ficou mundialmente conhecido, Billy Graham. O pastor americano chegou ao fim do século 20 mundialmente reconhecido como uma das mais proeminentes figuras do universo cristão. Se por um lado, seu ministério é considerado tão importante a ponto de não ter continuadores à altura, por outro consagrou um estilo clássico de evangelismo, aparentemente anacrônico, mas que ainda produz milhões de decisões por Cristo. Depois do papa João Paulo II, é provável que nenhuma outra personalidade de religião tenha provocado tanta mídia espontânea. Billy Graham foi muitas vezes capa das principais revistas americanas, como Life, Time e Newsweek.
O ministério de Graham se distinguiu de outros contemporâneos em diversos aspectos, a começar pela imagem de seu patrono. Uma pesquisa realizada entre o povo americano em 1957, quando o evangelista passou a usar mais ostensivamente a mídia televisiva, revelava que 85% dos americanos o conheciam, e ¾ deste grupo acreditava em sua probidade. Isso equivalia, na época, a mais de 80 milhões de pessoas. Com o passar dos anos, esta imagem foi sendo consolidada, a despeito dos escândalos que quase que em efeito dominó, foram derrubando os outros evangelistas. Billy Graham teve uma trajetória de probidade porque seu ministério possuía três bases fortes: Ele teve profunda paixão por Deus e pela Bíblia, casou-se com uma pessoa pela qual é profundamente apaixonado. – O que lhe dá retaguarda de estabilidade emocional e soube se proteger de qualquer suspeita, ao entregar a gestão de seu ministério para um grupo de pessoas de extrema capacidade.